Professor analisa caminhos da arte moderna brasileira

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O professor Aureo Guilherme Mendonça, do Departamento de Artes e Estudos Culturais da Universidade Federal Fluminense (UFF) estuda a trajetória da crítica de arte de 1930 a 1950 no livro “O labirinto do Brasil moderno”, publicado pela editora Appris. No dia 4 de julho, às 18h30, acontece o lançamento, na Livraria da Travessa de Ipanema, no Rio, com uma roda de conversa do autor e Jorge Vasconcellos, também professor da UFF.

“A escolha por esse período tem relação especialmente com o fato de que essa foi uma época de grande virada histórica no Brasil. Digamos que a utopia não era algo distante e ficcional, mas sim algo que parecia bem factível. Havia um clima de entusiasmo que poucas vezes presenciamos no país e a arte teve um papel bem fundamental nisso tudo. O próprio Movimento Modernista e a Semana de Arte Moderna de 1922 mostram que a arte expressava os anseios por uma nova forma de conceber o país”, diz o autor, que é mestre em História e Crítica de Arte pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), graduado também em História pela UFF e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Arte e Tecnologia, tendo realizado pesquisas e projetos de extensão envolvendo a área da Educação

Tentar elucidar esse movimento que se agita no intercurso do estético para o político é uma tarefa ao mesmo tempo fascinante e reveladora, pois alerta para o papel da arte como agente instigadora de nossas potências submersas, imperando em um campo inacessível para qualquer tipo de esforço puramente racional, segundo o professor Aureo Guilherme, que atua ainda como curador de exposições. O eixo de análise e reflexão são os textos e a atuação dos críticos Mário de Andrade, Ruben Navarra, Lourival Gomes Machado e Mário Pedrosa. Trilhando esse caminho, o autor resgata esses importantes nomes e insere a arte da época em um contexto amplo e complexo.

A escolha da figura do labirinto para servir de referência-título não foi por acaso. Aureo Guilherme verificou  que o caminhar do tempo na forma circular estabeleceu encontros e desencontros de épocas distintas. 

 

“O livro debruça-se sobre o período de formação de uma crítica essencialmente brasileira, que ganha forma ao mesmo tempo em que a noção de identidade nacional e do próprio fazer artístico começam a se distanciar do modelo hegemônico europeu. A obra une o conturbado cenário político e social da época, da prática artística e crítica nela produzida”, explica Aureo Guilherme, que também é doutor em Literatura Comparada pela UFRJ e pós-doutor em História das Ciências e das Técnicas em Epistemologia pela mesma universidade.